Olhe atentamente para a imagem que ilustra este post por alguns segundos. Você consegue, por acaso, identificar um bebê ou apenas uma imagem de manchas pretas e brancas? Segundo pesquisadores das Universidades de Cardiff e Cambridge, no Reino Unido, um experimento chegou a conclusão de que os voluntários, que mostravam os primeiros sinais de psicose, tinham uma melhor capacidade de reconhecer o bebê do que um grupo de controle, de pessoas que não tinham psicose e nunca tiveram alucinações.

A percepção é uma coisa caprichosa. Nossos sentidos desempenham diversas funções para manter-nos com vida, no entanto com frequência podem enganar-nos. Este é um simples exemplo e que pode ser provado em casa e foi realizado na nova série da BBC, "Cor: O espectro da Ciência". Dica do amigo Zé Roberto Isabella, veja o vídeo a seguir -preferivelmente em tela cheia-, siga as instruções mantendo o olhar fixo no ponto azul no centro da tela e como a imagem de uma paisagem em preto e branco se altera para uma colorida.

Quando já parecia calada a polêmica sobre se o famoso vestido era branco e dourado ou azul e preto, uma ilusão óptica volta à rede para nos deixar com a boca aberta. Alguns sites publicam a imagem como se fosse uma ilusão de óptica recente, mas na verdade é bem conhecida e temos mais de um par de posts com o assunto no MDig. A ilusão trata-se uma imagem dividida em duas metades. Na parte esquerda há uma imagem de uma mulher, como se fosse o negativo de um filme fotográfico e a parte esquerda não é mais do que um espaço em branco.

A primeira ilusão óptica que ilustra este post foi a vencendora do concurso Best Illusion of the Year 2015 e seu nome é Divisão de Cores. A ilusão, feita pelo belga Mark Vergeer, no princípio mostra duas linhas animadas com as mesmas cores, mas então aparecem dois blocos com um padão azul e amarelo que se movem de direita a esquerda. Os blocos encerram à primeira linha, e então muda de vermelho a cyan, movendo seu padrão em direção contrária.

Simplesmente dobrando, amassando ou enrolando uma folha de papel, o ilustrador HuskMitNavn, baseado em Copenhagen, é capaz de criar cenas deliciosamente divertidas. Seus desenhos ousados em preto e branco retratam um conjunto de personagens do desenho animado que são trazidos à vida através das bordas do papel estrategicamente posicionadas juntamente com perspectivas brilhantemente manobradas. Ele produz a fantástica ilusão fazendo com que estas ilustrações bidimensionais de repente saltem para a vida. Só vendo para entender.

Precursor do cinema, o zootropo é uma classe de aparato criado por William George Horner em 1834, muito popular em sua época e cuja composição envolve um tambor circular com pequenas janelas recortadas, através das quais o espectador olha para desenhos dispostos em tiras. Ao girar, o tambor cria uma ilusão de aparente movimento. Mediante um efeito estroboscópico de luzes, Sebastian Burdon reinventou e criou este zoótropo 3D simplesmente fantástico (só vendo para entender). A obra foi toda impressa em 3D para conseguir um efeito interessante e cativante.

Johannes Stotter, um reconhecido artista do bodypaint estabelecido na Itália, já é bem conhecido na rede por suas pinturas corporais incríveis. Desta vez o artista voltou a surpreender com seu trabalho, criando um espetacular camaleão sobre um galho, que em verdade é um incrível e realista desenho pintado sobre o corpo de duas mulheres. Auxiliado por uma cuidada perspectiva, Johannes criou uma poderosa ilusão capaz de enganar nosso cérebro.

Quem conhece a banda de rock OK Go? Todo mundo. Quem sabe cantar um (unzinho só!) refrão de alguma música da OK Go? Provavelmente ninguém. A banda foi uma das primeiras a acreditar e alavancar o poder do YouTube e fazer um vídeo musical viral. Até mesmo os chineses já ouviram falar sobre os seus visualmente impressionantes vídeos musicais. O dono de uma loja de móveis chinesa, chamada Red Star Macalline, ficou tão impressionado, que convidou a banda para estrelar um comercial para ele. O resultado é, como sempre, visualmente espetacular com muita ilusão de óptica criada em tempo real.

A artista americana Natalie Fletcher é um especialista em transformar corpos humanos em ilusões ópticas. Suas obras de arte podem parecer produto de um experiente editor de Photoshop, mas as ilusões são, de fato, pintadas diretamente sobre a pele dos seus modelos. Seu projeto, apropriadamente chamado "Just an Illusion", apresenta telas humanas que são pintadas em cores de base vivas como ciano, magenta, amarelo e verde, ou outras naturais que fazem com que o corpo seja parte dos arredores.

Alguns artistas e neurocientistas passam sua vida inteira tentando realizar a uma ilusão de óptica perfeita, o que resulta complexo já que muitas vezes os próprios deixam escapar uma ilusão. Entretanto, de vez em quando o mundo -aparelhado com o poder das câmeras e celulares- nos dá uma de graça. Reunimos algumas fotos intrincadas e outras simplistas, que não são resultado de edição gráfica e podem deixá-lo confuso, ao ponto de que você tenha que olhá-la mais de uma vez por constituírem ilusões ópticas acidentais.

Todos já vimos um monte de ilusões ópticas anteriormente e o MDig possivelmente deve ter uma das maiores coleções deste assunto tão apaixonante. Inclusive já temos um post com as obras de arte de Erik Johansson, que são tão magistralmente retorcidas que são capazes de nos fazer vesguear. Talvez seja porque são fotos compostas, contribuindo às ilusões um maior toque de realismo e fazendo-as ainda mais perturbadoras.

O artista canadense Rob Gonsalves é um velho conhecido do MDig. Evidentemente não é por acaso já que as preciosas e alucinantes ilusões incorporadas nas pinturas de Rob circunscrevem uma forma muito divertida de distorcer a percepção e fazer com que a gente se pergunte o que é real em seus quadros, se é que algo o é. A maioria de suas impressionantes imagens mostram barreiras muito confusas entre as múltiplas histórias que conta em cada uma delas, forçando o espectador a mudar de ponto de vista constantemente, como se fosse uma ilusão óptica que muda cada vez que é vista.